Traduzir o que vai na alma é um desafio quando o vocabulário se cala diante do que navega nos sentimentos.
Como definir o desarrazoado momento, em que um lamento escapa pelos lábios num suspiro lento e demorado traduzindo saudade, lembranças, vazio, mesmo que embrulhado em esperança?
Como definir o assombro, o espanto diante de um olhar que nos segue, nos persegue mesmo a léguas de distância?
Como explicar a sensação de presença na ausência?
Como entender o aconchego e o acalento quando nem os corpos estão presentes?
E como compreender os instantes de apreensão por alguém que se afastou do coração?
São sintonias dissonantes que desconhecem regras, convenções e simplesmente acontecem dentro da alma em ebulição....dando a entender que sentimentos não se explicam...São o que são....São para serem vividos em cada batida do coração...