Os dias nebulosos e de tempestade contaminam e nos entristecem como se o mundo fosse acabar no minuto seguinte. Como não sucumbir diante das perspectivas de calamidades e desolações que o mundo encerra? Como superar as dificuldades com o olhar esperançoso no amanhã e como não temer a morte dos que amamos e a quem nos apegamos? Tenho me feito tais perguntas e isto tem deixado minha alma inquieta, atravessada que fico pelos pensamentos que vêm de fora e de dentro de mim. Entretanto, preciso reativar a voz que me acalma e acalenta a alma a fim de prosseguir até onde for possível e até onde o destino me quiser levar.
(Inverno 2009)
Tempos difíceis esses que vivemos. O fantasma de doenças, pandemia, mortes e sofrimento ronda o ar. Vivemos um clima de guerra como se houvesse um inimigo em cada esquina.
Não bastasse as guerras que se espalham pelo planeta, a violência e os desafios do dia a dia, agora surge um vírus que não se sabe como e quando se reproduziu, se disseminou. E agora não se pode abraçar, beijar, tocar.
Devemos ficar longe de qualquer contato, seja ele físico ou do ar. Estamos sob a égide de um vírus que já assolou a humanidade tempos atrás. E fico me perguntando, porque eles vêm e vão...? que vibração é essa que ressuscita fenômenos que devastam vidas, que destroem sonhos que abortam fetos...Não sei, sei apenas que o momento tem sido de confusão, de tumulto, de afastamentos e temores espalhados no medo de contrair um vírus de complicações fatais... E aí esquecemos do resto, preocupados que estamos em nos proteger e mais do que isso em proteger a quem amamos. Todo o cuidado é pouco e há muita discussão no ar sobre o que fazer.
Contudo, não se evolui apenas nos deixamos mergulhar em um pânico estranho e desolador. A guerra! Novamente ela retorna sob nova roupagem onde é necessário sabermos como estão os amigos distantes, como estão os parentes afastados e quem ainda está vivo em condições de seguir em frente.
(Inverno de 2009)