Flutuações do anoitecer...
Parece que há sempre um fantasma
para exorcizar, a casa por arrumar,
a poeira para retirar do tempo que passou...
E da pessoa que um dia encheu de alegria
e emoção o coração,
há sempre pertences para desvencilhar...
E tudo se resume nas repetitivas despedidas,
nas mesmas tentativas de não ser vencida
por uma paixão que traz consigo
apenas trovões e relâmpagos incandescentes
que sem aviso invade o coração desprotegido...
Há sempre teias de aranha
para retirar dos cantos do pensamento...
guardando a realização dos sonhos
para outro vão momento...
Daí me sacudo, me agito, brigo e grito...
mas o vento não traz de volta o meu lamento...
Apenas sussurra: "seguir, partir, esquecer, aprender"...
porque o tempo não para e a vida segue...
E quem sabe, nas curvas que ela nos traz,
haja outros motivos para sorrir...
Ana Izabel JS
Enviado por Ana Izabel JS em 26/03/2015
Alterado em 18/05/2015
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