Li seu texto
uma, duas, três vezes
pensei em cada palavra
e...em cada uma delas
procurei encontrar traços
rastros do que fomos
do que restou um no outro...
Reprisei na memória
a nossa rápida história
que, intensamente vivida,
por apenas algumas horas
gravou-se eternamente
nos passos que dou
a cada hora...
Imagino que a docilidade,
o afeto que impregna
cada palavra no texto colocada
nada se reporta a mim
mas mesmo assim, a cada vez
que leio o que está impresso
não consigo deixar de me emocionar
e me pergunto:
a quem realmente se destina
o desabafo escrito em poesia?
qual a musa que o inspirou
para fazê-lo despir-se dos seus temores
e declara-se assim, enfim?
Queria, sinceramente, saber o nome
daquela que acompanha seus passos
que presencia seus atos, que te aquece
a alma, que te afaga o corpo e ao
qual estás ligado pela alma, pela emoção?
Igualmente, eu precisava agradecê-la
por ter permitido que a beleza e o sentimento
fosse expresso com tamanha gentileza
com curiosa sensibilidade...
E imagino seu olhar risonho,
iluminado por aquela mesma luz
que um dia me atraiu a ti...
E desejo, das profundezas da minha alma
que você viva esse amor, com a intensidade
com a doçura e a paz, que apenas
os que estão em sintonia
podem viver...porque antes dos laços
que a terra impõe...estão próximos, mesmo
que distantes...unidos pelos elos
do amor que jaz e jamais termina e
que sempre estará presente em cada coração...