Ah! futuro incerto
que nos visita com seu ar de dúvida,
com seu jeito de guerra,
com sua indiferença fugaz.
Não traz opções de real felicidade
apenas nos acena reticente
a dizer debilmente:
-- Pode ser, pode ser...
Quero desbravar-te as matas,
conhecer os segredos que ocultas
no fio das horas...
Quero cativar-te os momentos
para de alguma forma realizar-me...
Quero ignorar-te a insolência
em nada poder oferecer-me além do "talvez"...
Anseio diminuir em ti a indolência
que não traz decisão...
Quero ser a dona desses rumos
nas encruzilhadas que me ofereces...
Quero responsabilizar-me pelo Sim e pelo Não
sem o meio termo da indefinição...
Desfaz, futuro incerto
seu ar apático de melódica nostalgia.
Acredita nesses meus desejos,
na resistência intensa do espírito imortal
que quer ultrapassar o portal do Tempo
para que a esperança diga ao futuro:
--Ela sera feliz!