Indecisão
A lua não sabe
se sai detrás das nuvens
As nuvens não sabem
se querem que chova
A lua não sai
As nuvens não chovem
Eu, pequeno mortal,
diante da majestade da natureza
abro a porta, torno a fechar
como a lua, como as nuvens
não sei se entro ou se saio
Abro a janela
observo o céu com nuvens irresolutas
tento encontrar uma estrela...
vejo pequeninos pontos coruscantes
que como eu, não se expressam
em toda magnificente beleza de seu ser
Temerosas? Irresolutas?
Não.
Apenas semi obscurecidas
por nuvens irresolutas,
ofuscadas por uma tímida lua...
Todas, aguardando
a potência da brisa
para agitar, varrendo as nuvens flutuantes
fazendo-as chover ou seguir,
retirando a capa da lua,
fazendo-a abrilhantar a noite dos enamorados,
inspirando poeta vacilantes
que não sabem se escrevem
ou se leem o sentido e o vivido
por outro alguém...
Ah! incerteza, indecisão
rumos desencontrados
que aguardam energia, concentração
que se perdem nas ideias
dissolvidas pela brisa
que cai ao anoitecer
Ana Izabel JS
Enviado por Ana Izabel JS em 20/12/2013
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